domingo, 28 de outubro de 2012

Resenha: A Pirâmide Vermelha, de Rick Riordan

Título Original: The Red Pyramid
Ano de Publicação: 2010
Páginas: 445
Editora: Intrínseca
Nota: 90/100

Talvez a melhor maneira de começar seja dizendo que eu não sabia nada sobre mitologia egípcia a não ser que Rá é o deus Sol até ler esse livro. E por experiências anteriores, sei bem que a melhor maneira de aprender sobre o assunto é tendo aulas com um tal de Rick Riordan. 

A história começa com Carter Kane dando alguns avisos e se apresentando. Ele é um garoto de 14 anos que vive viajando pelo mundo com o pai, o arqueólogo especializado em cultura egípcia Julius Kane. A vida de Carter se resume a aeroportos, hotéis e sítios arqueológicos desde que perdeu a mãe aos 8 anos. Porém, tudo muda quando ele revê Sadie, sua irmã criada em Londres pelos avós, o pai resolve levar os dois para “comemorar” a noite de Natal no British Museum e bem... coisas estranhas acontecem.

Com A Pirâmide Vermelha é possível aprender sobre os mitos e deuses do Egito Antigo se divertindo nessa aventura digna de quem tem sangue de faraó. Não tive a intenção de fazer com que a última frase soasse como se eu estivesse falando de um livro didático, mas é bem isso que acontece. Parece que há uma necessidade repentina de pesquisar mais, procurar fotos dos locais em que a história se passa para poder entrar de verdade no livro.

A construção da história no tipo “Temos uma semana para salvar o mundo” é o que mais gosto em livros fantásticos. Apenas há um fato que contribuiu para que eu não gostasse tanto assim: é tudo muito fácil. Convenhamos que os problemas são bem mais complicados, mas funciona mais ou menos da seguinte maneira: “Quer viajar? Simples, entre em um portal” “Algum ente querido partiu? No problem! Vá visitá-lo no Mundo Inferior”.

Quanto aos personagens... Bastet! Simpatizei com ela logo no início, quando ainda não tinha se revelado. Nessa parte, tenho que dizer a facilidade de certas situações me agradou. Outro personagem muito divertido: Tot. Acompanhado do churrasquinho, claro. Gosto muito do humor presente em partes da história e a forma como Riordan traz os deuses para o século XXI. Não li esperando algo melhor que PJ&O, talvez por isso, não tenha me decepcionado. Então a dica é essa: leia de mente aberta, aprenda, divirta-se e seja feliz.
“ --- Então não se pode morar em Manhattan? --- disparou.
Amós franziu a testa e olhou para o Empire State.
--- Manhattan tem outros problemas. Outros deuses. É melhor manter tudo separado.
--- Outros o quê? --- reagiu Sadie.
--- Nada.” (pág.53)
As Crônicas dos Kane é uma trilogia e o último livro, A Sombra da Serpente, foi lançado recentemente no Brasil.

domingo, 21 de outubro de 2012

Novidades #2

Oi, gente. Olha eu aqui trazendo novidades nem tão novas assim. É pouca coisa, só o que me interessa mesmo, mas espero que também seja do interesse de vocês.

- Book trailer de Destroy Me.
     Destroy Me é um conto ( Tahereh Mafi o descreve como o livro 1,5 da série) que preenche o espaço entre Shatter Me (Estilhaça-me) e Unravel Me. Narrado por Warner, o vilão da história, o livro só será disponibilizado em e-book. Apesar do vídeo (clique aqui para assisti-lo) mostrar um Warner totalmente diferente do que eu imaginei e não ser bom como o do primeiro livro, fiquei um pouquinho curiosa. A propósito, a resenha de Estilhaça-me está prontinha, apenas esperando a vez dela de ser publicada. 

- Fotos das filmagens de Em Chamas. 
     Com licença, eu também preciso falar disso. Tenho acompanhado as novidades nesses sites brasileiros e estou gostando dos resultados até agora. O relógio gira de verdade!!!  Ok, ok, empolgue-se menos, por favor. Afinal, faltam apenas 396 dias para a estreia do filme.
Fonte: http://www.distrito13.com.br/

- Adaptação de Divergente já tem sua protagonista quase definida.
     OMG! Só uso essa sigla em casos extremos, sério. Mal comecei a ler o livro e já vão começar a gravar o filme? Como assim? :o A minha Tris (que eu conheci ontem para falar a verdade) é mais ou menos parecida com a Shailene Woodley, atriz que está "em negociações finais" para representá-la nas telonas,  então “acho que tá legal”. Eu estou adorando a história até agora e super curiosa para saber que rumo ela irá tomar. :D
Fonte: http://www.cinepop.com.br/noticias2/divergente_103.htm

     E para não dizer que só sei falar sobre coisas relacionadas a livros distópicos e internacionais...

- Lançado livro em homenagem aos 90 anos de Dias Gomes.
     Essa notícia está aqui pelo fato de eu ter lido “O Pagador de Promessas”, uma das principais obras de Dias Gomes, há poucos dias e mesmo tendo a biografia dele no livro, agora que percebi a coincidência com os 90 anos que ele faria caso estivesse vivo. Falando do livro, eu até que gostei e arrisco dizer que foi a melhor leitura obrigatória do ano até agora (ou não, Capitães da Areia permanece no topo). A verdade é que eu ainda não me decidi. Enfim! As filhas dele lançaram uma coletânea de entrevistas e depoimentos em que o autor relata suas ideias e fala sobre diversos assuntos desde os anos 60 ao final da década de 90. Fonte: http://atarde.uol.com.br/cultura/materias/1461274-livro-e-lancado-para-homenagear-90-anos-de-dias-gomes

     E aí? Alguma notícia te interessou também? Conte-me mais sobre isso. hehe
                                                                                                               Beijos. ;*

domingo, 14 de outubro de 2012

Resenha: Fazendo Meu Filme 4, de Paula Pimenta

Ano de Publicação: 2012
Páginas: 605
Editora: Gutenberg
Nota: 100/100 

Oi! Seguinte, como tem um bom tempo que li FMF 4 já estava quase desistindo de publicar a resenha e pensei em escrever um post contando o que eu acho da série em geral. Acontece que não deu. Eu preciso contar a minha opinião detalhadamente sobre o último livro. E se você não leu os três livros anteriores, o texto abaixo talvez tenha ficado meio confuso porque evitei falar da história e parti logo para os comentários. Porém, só lendo para saber, não é mesmo?

Em Fazendo Meu Filme 4 – Fani em busca do final feliz, temos uma protagonista amadurecida, posso dizer. E serei sincera: eu estranhei a Estefânia no início. Como algum tempo se passou, era de se esperar que todos os personagens tivessem mudado em certos aspectos (a não ser a Cristiana Castelino, sempre... ahn... modesta). Porém, à medida que os capítulos passavam, fui ficando a par dos acontecimentos do intervalo entre FMF 3 e este livro e entendendo como os personagens chegaram aonde estão.
É, FMF 2 tem que ficar de cabeça para baixo na estante.
Eu realmente gostei da maneira que foi feita a alternância entre passado e presente. Assim, sem ficar forçado. O livro é ótimo para comprovar o quanto conhecer os fatos de outro ponto de vista faz toda a diferença. O cenário é outra coisa que foi muito bem construída (posso até dizer que conheço L.A.). Agora, perfeita é a cena ocorrida em um certo píer. Esse local é incrível! Desconsiderem o fato de que eu nunca estive lá e estou me baseando em fotos da internet. Mas imaginem esse local às 3 horas da tarde, apenas o barulho calmo das ondas do mar e o casal mais fofo do mundo ever (como diria a Tracy)...

Se tem uma coisa que gosto muito de encontrar nos livros é a seguinte situação: faltam poucas páginas para terminar e ainda há vários problemas a serem solucionados e assim, fico na expectativa, sem conseguir parar de ler. Exatamente o que aconteceu em FMF 4. O rumo que a vida dos personagens secundários tomou também foi muito merecido. Afinal, depois de conviver por tanto tempo com os dramas amorosos da Fani, quem é que não gostaria de ver Gabi, Ana Elisa, Natália e Tracy aproveitando a vida, felizes?
Não é todo dia que se tem um livro autografado!
A Fani não é uma das minhas personagens favoritas por ser uma adolescente que se apaixonou próximo a uma viagem de intercâmbio ou porque a história dela conviveu comigo durante quase dois anos, mas simplesmente pelo fato de que encontrou a felicidade de uma forma muito interessante: em novas experiências e descobertas. Assim, pude perceber que a vida também tem essa magia dos livros de aventura. Olha só: é possível encontrar sensação parecida com as desses livros cheios de seres mágicos na vida cotidiana, basta percebe-lá nas coisas simples. E o melhor, não corro o risco de ser atacada por monstros, vampiros, bruxos, que seja.  ;)
" [...] O drama é muito importante! Lembre-se do que eu disse nas minhas aulas, todo final feliz deve ser a recompensa de um longo caminho, para que seja merecido. Os espectadores têm que torcer pelos protagonistas, sofrer e vibrar junto com eles!" (pág.66)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Seja em um shopping ou em uma fazenda

Shopping e fazenda. Será possível existir alguma espécie de semelhança entre estes dois locais tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão conhecidos? Segundo algum dicionário brasileiro que define palavras estrangeiras ou qualquer resultado do Google mesmo, shopping é um centro de compras que contém diversos estabelecimentos comerciais. Já a palavra fazenda quer dizer “propriedade destinada à lavoura e à criação de gado.” É, faz sentido.

Há quem diga que os centros de compras, como o próprio nome diz, são os principais responsáveis pelo consumismo exacerbado e alienado que assola os moradores das grandes metrópoles onde o “ter” é cada vez mais valorizado que o “ser”. Também há quem diga que a zona rural é coisa do passado e é extremamente entediante porque geralmente não tem sinal de celular. Ah, por favor, né? Convenhamos que o último argumento não tem muito fundamento, mas há quem pense assim, SIM!






É só parar para analisar. Tenho um exemplo só de um dos lados (Chico Bento no shopping 'meio exagerado, eu sei), agora do outro não tenho um aqui e agora, mas é só prestar atenção nas pessoas que vão para o campo e não desgarram de objetos propriamente urbanos (é aí que eu vejo que é exatamente isso que estou fazendo agora, mas... é por uma boa causa). O comportamento das pessoas que estão acostumadas a um desses lugares e vão passear no outro é interessante de se observar. Quem sabe, essa seja a única relação que encontro.

Shoppings são bons lugares para comprar livros (quando se tem promoções, claro) e fazendas são ótimos locais para ler livros (quando se tem tranquilidade, claro). Chegamos assim à conclusão de que a literatura é capaz de estabelecer relações que nem as pessoas conseguiram estabelecer ao certo. Faça isso, quando puder. Saia de um e vá direto para o outro e sentirá a diferença. Diferença esta que pode fazer você criar um post para falar de nada mesmo, somente divagar sobre um assunto aleatório. Afinal, as ideias e pensamentos aparecem em qualquer hora e em qualquer lugar. Seja em um shopping ou em uma fazenda.

   E para não dizer que não falei nada de importante, a dica que eu deixo é que você aproveite sempre, aonde estiver. 

sábado, 6 de outubro de 2012

Resenha: O pequeno filósofo, de Gabriel Chalita

Ilustrações: Thais Linhares
Ano de Publicação: 2011
Páginas: 114
Editora: Globo
Nota: 80/100

"- Eu sei.
  - Você sabe tudo?
  - Não. Só sei o que é necessário.
  - E o que é necessário?
  - Coisas simples." (pág.14)

O Pequeno Filósofo traz uma história sobre a simplicidade. Um narrador até então estranho que embarca em um trem na companhia de um misterioso menino. No início, fiquei meio confusa, sem saber aonde o livro iria chegar, mas a narrativa simples e recheada de diálogos foi deixando tudo mais claro até que no fim, é fácil compreender a lição de vida que essa “viagem” trouxe para o homem.

Em todas as estações que os dois param, é possível encontrar uma característica da vida que muitas pessoas levam, como guardar o coração em cofres ou se acostumar com a lama. É claro que isso está no sentido metafórico, porém, não é difícil de entender. E depois que vamos conhecendo a história do narrador, percebemos o quanto essa viagem foi importante para ele.
                                                          
As ilustrações de Thais Linhares ficaram ótimas e trazem um ar infantil para a história, mas a leitura é recomendada para qualquer pessoa que ainda não tenha parado para refletir sobre o que realmente importa na vida. A lição é mais que necessária para todos que são atarefados, ocupados, estressados ao extremo e não percebem a felicidade ali do lado.

É uma história feita para refletir. Cada diálogo, cada estação. Os outros livros que já li do Gabriel Chalita geralmente acabam deixando essa necessidade de filosofar por um tempinho minha mãe adora os livros dele, diga-se de passagem, então eu sempre acabo pegando algum emprestado. Ah, outra coisa que eu preciso dizer: a fala do menino em itálico e a do narrador normal ajudou muito, pois como há vários diálogos, ficaria  bem fácil de confundir quem falou o quê caso não houvesse essa diferenciação.

Sobre a identidade do garotinho, gosto de acreditar que ele seria a representação de um menino pobre e sábio que veio ao mundo para nos salvar. Olha, vamos pensar: o pequeno filósofo sempre esteve ao lado do narrador (ele só não tinha percebido isso) e depois que trouxe tal lição de vida dessa experiência, passou a sentir sua presença em todos os momentos. Tudo a ver, não é? 
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