sexta-feira, 27 de julho de 2012

Resenha - A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo

Título Original: A Moreninha
Ano de Publicação: 1844
Páginas: 144
Editora: L&PM pocket
Nota: 65/100

 Posso começar dizendo que quando pegava esse livro para ler à noite, não era raro acordar com ele em cima do rosto. Eu poderia estar até gostando da cena que lia, mas a linguagem um tanto complexa pelo fato de ser antiga me dava sono e no outro dia, lá estava eu com a cara enfiada na história, literalmente.

 Augusto, um estudante de Medicina participa de uma aposta com seus amigos e vai passar o feriado de Sant’Ana na casa da avó de Filipe onde há várias pessoas participando de saraus, jantares e comemorações típicas da burguesia carioca daquele período. A jovem e travessa Carolina, irmã de Felipe, também está lá e é nessa ilha, em meio aos eventos ocorridos, que cresce o romance entre os dois.
O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
 Se disser que gostei do livro, não estarei sendo muito verdadeira. Agora também não acho correto dizer que o livro não é bom. O humor está presente nos acontecimentos que ocorrem com Augusto durante sua estada na ilha de Paquetá e algumas cenas até que são engraçadas, pois é quando percebemos como o comportamento de pessoas dos dias atuais continuam os mesmos daquela época.

 Inicialmente, a história foi publicada como um folhetim, ou seja, os capítulos eram publicados geralmente a cada semana no jornal. Fico imaginando as famílias nobres, em que alguém soubesse ler, reunindo-se após o jantar para ouvir o romance e acredito que elas deveriam gostar bastante, pois era um tipo de diversão recente para os brasileiros. Sim, A Moreninha é o primeiro grande romance nacional (quanta honra!). E convenhamos que nesse século ainda não existia novela...

 Trata-se de uma história de amor. Não tão rápida quanto pode parecer, inocente e feliz. Recomendado para quem curte um clássico, quer passar no Vestibular ou gosta de acompanhar as ironias do destino (pelo menos, na literatura).  
Observação desnecessária: Sem querer comparar nem nada, mas A Moreninha me lembrou em vários trechos a história de O Preço de Uma Lição. Como se fosse uma versão clássica da vida do “sem-nome”... 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Madagascar 3: Os Procurados

    Eu me remexo muito. Eu me remexo muito. Eu me remexo muito. Remexo... \o/ Muito \o/  Não vai me dizer que você também leu no ritmo? Se há alguém que não conhece essa canção eternizada na voz do Rei Julian, apresente-se, por favor, e leia esse post. Agora se você é daqueles que já cantarolou por aí, seja em inglês, espanhol, mandarim ou português mesmo, venha se remexer comigo e leia esse post, claro.

   Em Madagascar 3: Os Procurados, os quatro amigos mais unidos do mundo da animação estão de volta e agora, pretendem retornar para o zoológico em Manhattan. Alex, Martin, Gloria e Melman decidem partir da savana africana juntamente com a discreta “corte” do Rei Julian atrás dos espertos pinguins e dos macacos que foram parar em Monte Carlo, Mônaco em busca de, digamos, uma vida mais fácil.

   Mesmo começando no ponto em que Madagascar 2 terminou, os novos personagens do filme anterior nem aparecem e até o vilão agora é outro (na verdade, é uma vilã). Eu considero essa série de animações a mais divertida e engraçada. Principalmente por conta de uns personagens que são hilários. Quais serão? Há, Rei Julian (s2) e os pinguins! Dessa vez, também simpatizei com o leão-marinho. A agente Chantel Dubois é bem estranha com seus “poderes”, principalmente o procedimento de cura e bom... Trata-se de uma animação com animais falantes e histórias com bichos que conversam não precisam ser reais. Ou precisam? Não, acho que não. Ir nadando da África para Mônaco já é outra história

   Indico que você assista esse filme (caso ainda não tenha visto) em 3D, pois houve várias cenas que eu ficava pensando: “isso daria um ótimo efeito em três dimensões”. Então, se ainda tiver passando na sua cidade, vale pagar um pouquinho a mais para ver a sessão.  Bem, eu é o que eu digo, né? Vai que você não gosta do filme e... Enfim!

Classificação:  5 potes de condicionador (5/5)       
     E hoje é o Dia dos Escritores! O que seria dos blogs literários e da nossa diversão sem eles? Parabéns à todos aqueles que se esforçam muito para escrever e criar um universo que transforme os leitores com personagens inesquecíveis e lições reais, principalmente àqueles que me fizeram admirar suas histórias. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Resenha - Em Chamas, de Suzanne Collins

Título Original: Catching Fire
Ano de Publicação: 2009
Páginas: 413
Editora: Rocco
Nota: 100/100
"   Prim... Rue... por acaso não são elas o principal motivo de eu tentar lutar? Porque o que foi feito com elas é algo tão errado, tão além de qualquer justificativa, tão malévolo que não me dá nenhuma outra escolha? Porque ninguém tem o direito de tratá-las como elas foram tratadas?    Sim. Isso é o que deve ser lembrado quando o medo ameaça me engolir." 
   Em resenhas como essa, o simples ato de citar os nomes dos personagens já pode ser considerado spoiler, então, se você ainda não leu Jogos Vorazes, aconselho não ler o texto abaixo. Mas não fique triste e escolha outra resenha AQUI na nova página do blog. E que a sorte esteja sempre... Bah! Vamos logo ao que interessa.

  Com certeza, Em Chamas é um dos meus livros favoritos. E uma palavra que o define é surpreendente porque, quando terminei de ler JV, tinha algumas hipóteses sobre o que iria acontecer no próximo e não era nada daquilo que eu estava palpitando silenciosamente. Só serviu para comprovar o quanto eu estava enganada e o quanto Suzanne Collins é criativa.

   Katniss Everdeen está de volta e após alguns meses vivendo com sua família tranquilamente e sem depender da caça para sobreviver, uma inesperada visita esquenta a história e nossa protagonista começa a ter ideia da grandiosa faísca que acendeu. O rumo que a história tomou depois disso foi incrível, porque acompanhamos os pensamentos de Katniss e os planos que ela têm até que uma notícia muda tudo.

   Gradativamente, o ritmo da história vai acelerando e se tem uma coisa que eu gosto de encontrar nos livros, são aqueles finais de capítulos “ai meu Deus, só mais um, só mais um” (às vezes, isso atrapalha, mas é um ótimo sinal de que a pessoa está gostando) e isso tem de sobra em Em Chamas. Cada uma das três partes em que o livro foi dividido faz jus ao título que recebeu e não tenho como escolher uma preferida.

   O livro tem a dose certa de romance e nesse lado, temos um Gale que eu considerei excessivo e chato, quero dizer, ele aparece demais na primeira parte e só serviu para deixar a Katniss mais dividida ainda (tudo bem que essa deve ter sido a intenção da Suzanne). Peeta Mellark continua adorável, sem mais. Quanto aos novos personagens, a minha impressão sobre eles foi mudando radicalmente à medida que eles apareciam. E incrivelmente, isso aconteceu com todos os novos personagens mesmo. 

   Então, minha mãe me ensinou a gostar mais do Cinna em Jogos Vorazes e eu sei que isso é um pouco estranho, mas a questão é que “Mãe, não precisava. Em Chamas já iria dar conta do recado”. Cinna não ___ somente um estilista para Katniss, ele se tornou um grande amigo e eu até gostei daquela de concentrar as emoções no trabalho, ainda que para isso tenha sido preciso pagar um preço alto... Merece meu respeito.

  Querem uma dica? Não façam como eu! Leiam esse livro quando já estiverem com A Esperança do lado te aguardando. Se você já leu, sabe bem do que estou falando. 

P.S.: Quem tá acompanhando a escolha do elenco para o filme? É melhor esperar a confirmação certa, mas até que eu tô gostando de alguns dos nomes que têm saido por aí. Lembrando que Em Chamas tem data de estreia para 22 de novembro de 2013.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Um pouco sobre... Corujas

     Oii. Desde pequena, tenho um certo apreço por corujas. Trata-se de uma ave que me cativou, diga-se de passagem. Por mais que há quem diga que elas representam um mau presságio, gosto de relembrar as madrugadas que eu passava na fazenda e enquanto todos já estavam dormindo, eu ficava acordada lendo um livro e as corujas lá fora eram responsáveis pela trilha sonora. Então, meu tio inventou de queimar o pasto onde as tocas delas ficavam e desde então, não pude mais ouvi-las (snif,snif). Olha eu aqui já mudando de assunto...

     As corujas são conhecidas por simbolizarem a sabedoria e o conhecimento (tá aí o símbolo de Atena), mas também tem esse ar de mistério e discrição, pois aparecem mais à noite. Como eu não tenho nenhuma foto que tenha tirado da coruja ave mesmo, o post não é para falar sobre as características do animal, mas para dar dicas de qualquer coisa em que elas estejam presentes.
                                                                Roupas e acessórios

Já é tendência, as corujas podem ser encontradas em vários acessórios. Colares, brincos, anéis, bolsas e muito mais. E também há várias peças de roupas com esse tema. A dica é usar uma coisa de cada vez, não vá sair por aí fantasiado dos pés à cabeça de coruja.
                                                                           Doces

    Unhas
Ou melhor, nail art. A pessoa tem que ter o dom para fazer isso, só pode. A prática ajuda, sem dúvida. No fim, o resultado compensa.   

                                                                             Decoração

Filmes
Elas estão presentes em diversos filmes, mas tem um em que são as protagonistas. Nunca assisti A Lenda dos Guardiões, porém, recomendo, afinal, tem coruja no meio. 
                                                                          
                                                                        Livros
Ahh, seu eu fosse falar todos os livros em que aparecem uma coruja... Bom, tem a do Harry Potter (qual é o nome dela mesmo?). Mas há também a série de livros que inspirou o filme citado acima. Muito interessante, quero ler algum dia. 

                                                                 Capas para celular
Tem também as capinhas para Iphone. Tudo bem que primeiro é preciso ter o celular...

     É claro que tem muito mais coisas lindas com corujas e as que eu citei acima são só as mais encontradas. Dá para ter uma noção do quanto essa ave misteriosa e discreta ganhou o mundo nessas coisas fofas.


E por fim, minha caneca de coruja! Tenho uma blusa também, mas nem deu para tirar foto. Ahh, e também um marcador eu que fiz.

     E vocês, gostam desses acessórios/objetos de corujinhas? Alguém já leu/assistiu A Lenda dos Guardiões?


Beijos. ;*

sábado, 14 de julho de 2012

Resenha - O médico e o monstro, de Robert L. Stevenson

Título Original: Dr. Jekyll and Mr. Hyde
Autor: Robert L. Stevenson
Ano de Publicação: 1886
Páginas: 220
Editora: Melhoramentos
Nota: 65/100
"--- Sim, é uma história perturbadora. Porque ele era alguém com quem ninguém gostaria de ter negócios, um homem realmente detestável; e a pessoa que assinou o cheque é alguém de grande destaque, famoso e (para piorar ainda mais as coisas) um de nossos contemporâneos, que faz o que se chama 'o bem'."
    Olá. Eu pude ler esse livro por acaso. Encontrei-o escondido nas prateleiras de um supermercado por R$6,90! Tudo bem que essa edição da Melhoramentos é minúscula, mas ainda assim, estamos falando de um clássico e eu não podia perder essa oportunidade.

     A história se passa em Londres, no final do século XIX e o narrador observador nos apresenta a Mr. Utterson, um advogado frio, melancólico e de semblante austero, mas considerado adorável em certos momentos. Ele mantém dentro de um cofre em sua casa, o testamento do Dr. Jekyll, cliente e amigo dele, porém, nesse documento, o importante doutor demonstra total confiança a Mr. Hyde, um sujeito estranho de atitudes suspeitas. Então, Utterson resolve investigar as intenções de Hyde e como ele conseguiu conquistar o apoio de Jekyll.

     O médico e o monstro pode até ser considerado por alguns um livro de suspense e um pouco de terror embora acredite que o gênero “mistério” se encaixa melhor. O enredo não assusta tanto a ponto de ser aterrorizante, mas em compensação, as suspeitas girando em torno de quem é Hyde vão crescendo e se você realmente conhece a obra só pelo nome e não tem uma ideia concreta do que se trata (como era o meu caso), deverá deduzir suas hipóteses na mente à medida que acompanha as descobertas de Utterson.  

     Em minha opinião, esse tipo de ficção é bem típico das histórias londrinas do final do século XIX. Talvez seja uma forte semelhança que encontrei com o primeiro livro resenhado aqui no Castanha... Mesmo assim, acredito que tem tudo a ver com essa época. Um período em que os anseios dos ingleses baseavam-se em novas descobertas científicas e a imaginação de vários escritores também.

     A conclusão do caso é até interessante, principalmente para quem leu mais ou menos naquela época. Fui entender do que se tratava pouco antes de a revelação final aparecer em letras maiúsculas e isso foi até bom porque fiquei realmente curiosa a respeito da identidade de Mr. Hyde.

     Por mais que o livro traga reflexões quanto à personalidade do ser humano, vou evitar falar disso aqui para não contar demais. A verdade é que há uma discussão entre o lado bom e o lado mau de uma pessoa. E dá a entender que todos nós temos essa dupla visão das coisas: o ruim e o bom. E no caso daqueles que liberam o lado mau, resta estar preparado para as consequências.

     Você que leu o livro e conhece a história, comente logo abaixo o que achou dele (e da resenha também!). E para quem ainda não leu, está indicado. Ainda mais se é daqueles que gosta de um mistério básico e aprecia um bom e velho clássico da literatura britânica. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Recado

     Olá! Hoje resolvi renovar (de novo!) o visual do Castanha. Realmente, não sei mexer com html e coisas do tipo. Quebrei a cabeça o dia inteiro tentando mexer com uns programas e nada deu certo. Além disso tudo, tive a honra de quase travar meu notebook e agora ele nem desliga mais. E entendo que isso tá parecendo um desabafo.

     Na verdade, vim avisar que o blog ficará com esse layout meio "bagunçadinho" (quero dizer, letras cor-de-rosa, 'buracos' no meio do post) durante alguns dias e quando puder usar a internet, irei tentar consertar umas coisinhas e trarei novos posts também. Férias trazem muitas ideias, isso é fato.

     É isso, beijos.

     P.S.: Se bem que até que eu gostei dessa nova aparência do blog. Saiu do tradicional, sabe? Mas se eu não conseguir consertar, irei voltar ao que era antes.

ATUALIZAÇÃO: Pois é, acabou que eu desisti desse layout personalizado e retornei à algo mais simples. Estava viajando e assim que cheguei, "quebrei a cabeça" tentando mexer com html. A verdade é que estou começando a ler essa linguagem, mas o template não estava ficando do jeito que eu queria. Deixo assim: simples, leve, claro e aconchegante. Espero que tenham gostado!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Invenção de Hugo Cabret 3D

     Oii. Não tinha dúvidas: desde o dia em que vi o trailer pela primeira vez, sabia que ia gostar. Bem antes de saber que existia o livro e toda aquela coisa de Oscar. O que era para ser um tranquilo passeio de sábado à tarde se tornou em uma viagem à França. Ou melhor, Paris dos anos 30. Mais que um passeio turístico, uma aula sobre a história do cinema. O ponto negativo? Sair no meio de um shopping lotado em pleno século XXI.

     Para assistir à minha primeira sessão em 3D no cinema, não podia ter escolhido filme melhor. E, só para variar, pensa na felicidade da pessoa ao ver o trailer de Jogos Vorazes na telona? Pena que ainda não tinha colocado os óculos é, eu preciso de dois. Nos momentos iniciais você percebe bem a diferença, mas depois de um tempinho acostuma e até esquece dos tais óculos tridimensionais.

     Antes de assistir ao filme, imaginava que a história seria inteiramente sobre o autômato que Hugo Cabret (Asa Butterfield), o menino órfão que vive em uma estação de trem parisiense, tem o enorme desejo de concluir o conserto, iniciado por seu falecido pai. Mas não é bem assim. O autômato é importante, porém, o filme não fala só sobre isso. Tem realidade lá no meio, a Primeira Guerra Mundial que roubou a fantasia dos filmes e voltou os pensamentos dos europeus para as perdas e prejuízos dos conflitos. :D Carinha de feliz porque encontrou relação com o que estava estudando em História. :D
"---Você tem certeza disso? A gente pode se encrencar.
 --- Por isso que se chama aventura."
     Não bastasse a história em si, o cenário é ótimo. Aquela coisa toda de estação de trem, relógios e engrenagens dão um ar mais... retrô. Ou  talvez algo que remeta à França de antigamente. E a melodia tipicamente francesa tocando ao fundo em algumas cenas é magnífica, nem precisa dizer o quanto me encantei com essa trilha sonora.

     Durante o filme, é exibido outro filme. É, isso mesmo. Porém, estou falando de uma das primeiras produções cinematográficas em que a platéia ficava assustada com a “aproximação dos objetos”. Fico pensando: Se as pessoas se surpreendiam com uma cena de alguns segundos em preto e branco e mudo, qual seria a reação delas se fossem ao cinema a cores e em três dimensões naquela época?

     Ouvi algumas pessoas comentando que faltou ação, mas penso que não foi preciso. Todos os outros aspectos elogiados fazem esse papel. Provavelmente, o fato de ser minha estreia com o 3D em uma sala de cinema e o filme ter todo esse ar francês do século passado que eu amo me fizeram gostar ainda mais dele. Super recomendado para os cinéfilos de plantão, mas é bem provável que eles já tenham assistido... Então, fica a dica para todos que leram esse post, em geral.

Classificação: ***** (5/5)                                                      
                                                                 Trailer

P.S.: A música desse trailer no piano é perfeita. Quem nunca quis aprender a tocar algum instrumento musical por conta de uma única música?

P.S.²: Esse texto foi escrito em março, mas quando tive tempo de postar, o filme já tinha saído do cinema. Então, deixei arquivado e publiquei somente agora que ele já está disponível em dvd. Corre logo e vá assistir!
                                                                                                                          
                                                                                                                        Beijos. ;*
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