
Ano de Publicação: 2010
Páginas: 421
Editora: Rocco
Editora: Rocco
Nota: 95/100
A primeira vez que escrevi sobre esse
livro estava bem abalada. E eu nunca tinha ficado assim após terminar uma
série. Já dá para imaginar o que virou a resenha... Então, semanas depois,
voltei e dei uma consertada básica nos trechos com visíveis “excessos emocionais”.
Agora que meses e meses se passaram, não altero mais nada além de acrescentar:
se você ainda não leu Jogos Vorazes e
Em Chamas, pode ler tranquilamente o
texto abaixo.
Ao ler A
Esperança, eu estava feliz, triste, alegre, nervosa, chateada e
esperançosa. E por trás de tudo que deixou não só eu como muitos outros
leitores assim, o terceiro livro trouxe ainda mais clara certa mensagem. Como
os seres humanos são absurdamente mais perigosos que esses monstros dos livros
de fantasia. Não é uma frase que combine muito com o título traduzido do livro,
é verdade. Para ser sincera, passei o livro inteiro tentando encontrar uma
pontinha de esperança nessa realidade tão violenta, trágica e cruel. Se eu
encontrei? É, quem sabe.
Katniss
Everdeen adquire um papel importantíssimo para toda a população de Panem e
se torna o centro das atenções, se é que já não era antes. Enfim! Eu gosto de
narrações em 1ª pessoa, mas acontece que Katniss estava um pouco confusa em
várias partes. No lugar dela, eu também estaria. Certamente. Até pior. Vai
saber... Depois de tudo que nossa querida protagonista passou, só de estar viva
dois anos depois já é uma grande vitória. Se bem que não teria como ela não
sobreviver, afinal, é a narradora do livro.
A Esperança é um livro
cruel. Não finaliza a série da maneira mais feliz de todos os tempos, mas dá
para entender e suportar. Quem lê, precisa estar preparado. Mortes de muitos
personagens são desnecessárias e tão rápidas e brutais que nem dá tempo de se
emocionar.
“Não tenho mais nenhum compromisso com aqueles monstros chamados seres humanos. Eu mesma me desprezo por fazer parte deles. Acho que Peeta tinha certa razão quando disse que poderíamos destruir uns aos outros e deixar que outras espécies decentes assumissem o planeta. Porque há algo significativamente errado com uma criatura que sacrifica as vidas de seus filhos para resolver suas diferenças. Para onde quer que você se vire, você enxergará esse tipo de visão de mundo. Snow pensava que os Jogos Vorazes eram uma forma de controle eficiente. [...] Mas no fim, a quem tudo isso beneficia? A ninguém. A verdade é que viver num mundo onde esse tipo de coisa acontece não traz benefícios a ninguém.” (pág.405)
A frase da contracapa resume tudo o que quero
escrever sobre o romance da história: "[...] primorosamente orquestrado e
inteligente”. De certa forma, praticamente me coloquei no lugar do Peeta para compreender o que
ele passou e fico realmente feliz por ele ter aprendido a reaprender. Era assim que eu queria que terminasse. Mas
não era bem assim que eu imaginava. Fazer o quê, né? Tô feliz, acho.
A trilogia Jogos Vorazes não mudou minha
vida, mas com certeza, marcou o ano de 2012. Porque pode crer que aconteceram
muitas coisas esse ano que não teriam acontecido caso eu não conhecesse essa
série. E pensar que minha primeira impressão foi que a história estava relacionada com “Jogos Mortais”...
P.S.: Adaptação Cinematográfica –> A Esperança será dividido em duas partes e as datas de lançamento já foram
divulgadas. Parte 1: 21 de novembro de 2014 / Parte 2: 20 de novembro de 2015